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terça-feira, 21 de julho de 2020

De Encontro ao Desencontro

Nos desencontros da vida, eu juro que queria saber, meu bem. 

Em que dia nos perdemos, em que madrugada nos esquecemos.

Em qual esquina e mesa de boteco eu perdi você.

Em qual estação do ano aquela música deixou de ser nossa. e eu que gostava tanto de ouvi-la na sua voz. 

Eu juro que queria saber em que tempo as horas te levou, e o nosso amor empoeirou e virou um enfeite esquecido na estante. 

Eu congelaria aquele instante, só para mapear as marcas do tempo em tua pele e encontrar um caminho de volta, para tu que é o meu lar. 

Minha menina, te esquecer foi meu maior pesar, e minha maior calúnia contra o universo, eu fui rebelde e sem propósito deitei-me em outras camas, e até acho que amei outras mulheres, mas foi dos teus beijos que nunca me esqueci. 

Essas não são palavras de lamento, eu juro que não. É só que no meio da minha bagunça, das coisas que não me sangram, dos devaneios e até prazeres, eu ainda te olho com olhos de amor. 

Amor para ti, e vai-te porque eu sei, nosso tempo passou, mas como naquela canção démodé, eu não poderia deixar de dizer… "E se o tempo for te levar eu sigo essa hora e pego carona, pra te acompanhar…"


2 comentários:

Ichi-go ichi-e