Páginas

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Copacabana, meu amor.

Todos os bares da augusta sabem de você, mulher. E se todas aquelas mesas, balcões e cadeiras pudesse falar.. Ah! Cada muro dessa cidade teria um poema sobre tu, em cada parede de banheiro sujo teria um rabisco com teu nome e o meu.

Dizem que depois da meia noite, nada descente acontece. E isso pode vestir bem aos puritanos porque é depois da meia noite que o ego vai, que as máscaras caem, que os corpos caem e que as roupas caem.

E é sempre depois da meia noite fumando um cigarro que tu vem até mim, como um fantasma que já reconheço noite adentro. Não estranho quando tu solenemente vem me visitar. Você já tem e reconhece o seu lugar. É menina, depois de tanto tempo tentando desvendar tuas cicatrizes ou o seu olhar. Te sirvo um um vinho e ascendo seu cigarro. Me conta, como foi o seu verão?

Eu já não espero mais por você. E eu acredito que tu também não me espera mais.
Entendemos que no fim, te reencontro após a meia noite, nos bares ou nas esquinas. Seja eu no Sul ou você no Norte. Tu casada com dois filhos, ou eu com aquele menina de decote. Seja tu em copacabana ou eu no corre. Não importa, Seja como for, no meio de tantos corpos, hoje eu reconheço suas cicatrizes e mais, hoje eu reconheço seu olhar que pode não me amar, mas nunca me esquecerá.
E eu te pergunto; O que é o calor de Copacabana comparado ao nosso beijo?

2 comentários:

  1. estava sumida... sdds de te Lee perfeita como sempre

    ResponderExcluir
  2. Nāo sei absolutamente nada sobre copacabana mas sobre esse texto sim [ Formidável ]

    ResponderExcluir

Ichi-go ichi-e