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domingo, 20 de fevereiro de 2022

Nem todo Carnaval tem seu fim.

Existem partes de você, menina. Que dilui-se pelo espaço, que dilui-se nos meus poros e no nosso abraço. 


Já era madrugada quando eu te olhei e vi constelações inteiras em você. ja era tarde, foi tarde e como diria Cortázar; a sua... e somente a sua boca foi eleita entre todas, com soberana liberdade, eleita por mim para desenhá-la com a minha mão. E assim como Andrômeda, eu caminho tênue para colidir em você. 


Existem seus beijos , suor e saliva em outros corpos e pouco me importa, amor. desde que você não se esqueça de que semana que vem tem Carnaval. 


Carnaval na nossa cama. 


E se você quiser, essa será a nossa festa. E eu, que não pertenço, posso prometer te pertencer nas noites de Solstício de verão e te relembrar, meu bem. Que apesar do cosmos, do mar e de tudo que não podemos explicar, eu deixo você ficar.

3 comentários:

  1. Nossa que poema, que perfeição... que tudo ��

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  2. eu piro nas referências de outros escritos e tantas outras q vc usa nos seus textos, que construção

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Ichi-go ichi-e